terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Motor Boxer II

O motor Boxer rendeu tanto, que tem perguntas que talvez eu nem saiba responder. HAHA
Mas vamos às perguntas do Bernardo.

1 - Não seria uma desvantagem o fato de haver um desgaste anômalo devido a gravidade numa das partes do cilindro?

Realmente já pensei sobre isso, mas acredito que o desgaste não seja tão significativo, uma vez que ocorreria também nos motores em V e em W já que os cilindros estão também inclinados. Pensando no motor em linha o desgaste ocorreria também por causa da gravidade nos munhões e nos moentes do virabrequim .

2 - Como me parece que o virabrequim não é centralizado, para tornar o centro de gravidade do motor na mesma linha longitudinal do centro de gravidade do resto do carro o motor teria que estar mais para um lado que para o outro ou o projeto do carro como um todo compensa?

Talvez não tenha entendido a pergunta, mas no motor Boxer o virabrequim fica centralizado com o eixo longitudinal do carro. O que pode fazer com que não exista a simetria são os componentes instalados no motor como o alternador, compressor de ar-condicionado, direção hidraulica...
É o que acontece no motor em linha transversal. Esse realmente não está "alinhado" ao eixo longitudinal mas com certeza o projeto compensa cada "desvio de conduta".

3 - Isso não vale para o gol I, mas para a Kombi e o Fusca existe alguma vantagem do boxer ser posto atrás ou são as vantagens de colocar qualquer motor atrás?

Olha, o caso do Fusca é interessante. Pelo o que já li, a única opção lógica para a escolha de como fazer o Fusca era: CUSTO BAIXO. Adolf Hitler pediu que Ferdnand Porsche fizesse o "carro do povo" ( Volkswagen) e assim ele teve que lutar para que o "besouro" fosse o mais barato possível. Cogitou-se motor de 2 ou 3 cilindros, radial de 5 cilindros (de avião) mas o que ficou decidido foi um motor refrigerado a ar (para reduzir custos com radiador) 4 cilindros Boxer. Esse motor foi criado por Ferdnand em 1909 para um avião também. O resto é conseqüência, o motor e a tração traseiros ajudaria a deixar para as rodas da frente só o trabalho de esterçamento, o motivo para isso é que as juntas homocinéticas não estavam bem desenvolvidas na época e o carro tinha que ser barato.

Espero que tenha pelo menos respondido alguma coisa
Abraços
Thiago Hoeltgebaum

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