quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Conversor Flex


Há vários equipamentos no mercado que prometem transformar o carro a gasolina em flex. Todos semelhantes, com a mesma forma de atuação, alguns com reservatório de partida a frio e outros sem.... Todos prometem economia e durabilidade sem danificar o motor. Para saber mais sobre o assunto fui a uma oficina que instala esse equipamento fazer uma entrevista e depois fui ao meu mecânico para entender os dois lados da moeda. Não vou transcrever as entrevistas, vou apenas fazer um resumo do que considerei mais importante.

Entrevista na Mecânica "Flex":

Apesar de estar com o equipamento em falta, o mecânico me explicou alguns detalhes do produto. O Conversor é, na realidade, uma nova central eletrônica ligada à original. A sua função é adequar, de acordo com a mistura, o momento da faísca da vela.

A instalação é feita de maneira simples: Não é necessário cortar nada, o Conversor já vem com os conectores exatamente iguais ao do carro. Os fios originais do veículo, que ligam-se aos bicos injetores, são instalados na nova central eletrônica, que por meio dos seus cabos, conecta-se aos bicos.

Perguntei também sobre a partida a frio, e fiquei sabendo que existe uma "partida a frio eletrônica", não existe aquele reservatório para injetar gasolina, o próprio equipamento muda eletronicamente alguns parâmetros para dar partida com o motor frio. Abaixo de 15°C recomenda-se rodar com 10% de gasolina.

Saí dali satisfeito com a explicação, mas ainda assim queria ter a informação de quem não vende e não está ligado a esse produto. Vamos a entrevista no mecânico de confiança:


Mal perguntei sobre o produto e ele já disse que não valeria a pena. Começou alertando que não é só economia de combustível que estaria em jogo. Outros componentes seriam afetados com a mudança de combustível. Um carro que é movido só a gasolina tem uma bomba de combustível só para a gasolina, o álcool a danificaria e em 6 meses seria necessário trocá-la. O filtro de combustível da mesma forma deveroa ser trocado.
Os bicos injetores também sofreriam, pois, os bicos de gasolina tem uma vazão menor de combustível do que o álcool. Para funcionar de acordo essa nova central faria o bico trabalhar como se o motor estivesse sempre frio. Citou também as propriedades lubrificantes que a gasolina tem e o álcool não, o que poderia acarretar alguns prejuízos nas válvulas.
Segundo o mecânico, para uma pessoa que roda muito com o carro, ele indicaria o GNV e não esse conversor. Para o GNV as revisões tem que ser mais próximas, o cuidado tem que ser maior mas ainda sim seria melhor.
Perguntei também se seriam os mesmos problemas fazer isso com um carro a álcool. Segundo ele, do álcool para flex não há tanto problema, a não ser a taxa de compressão, mas isso dependeria do carro.

Por fim, ele disse "Se fosse tão fácil fazer o carro Flex, ele não teria sido lançado só em 2003"

Essa é a opinião de quem é mecânico da família e, além disso é especializado no que faz. Eu fico com a opinião dele, não apostaria nessa economia imediata, pois a longo prazo o prejuízo poderia ser maior. Acredito que tomando as devidas precauções para que o carro seja o mais ecnonômico possível com apenas um combustível é o mais sensato a fazer nesse caso. Peço a vocês que deixem suas opiniões sobre o assunto e se arriscariam instalar esse produto nos seus carros caso fossem a gasolina.


Abraço
Thiago Hoeltgebaum




8 comentários:

  1. Acredito que se fosse fácil e bom fazer isso com o veículo, as montadoras colocariam o "flex" como um item opcional, pois a instalação seria fácil e não teria um projeto inteiro mudado para se adaptar a dois combustíveis.
    vlw kra!

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  2. Bem!!! apesar de muitos falarem mal do GNV, p/ mim foi a melhor escolha quando resolvi converter meu Corsa Wagon 1.6, nunca tive problema algum!!! Valeu Thiagão! Abraço...

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  3. TENHO UM MONZA SL 1993 A GASOLINA, FAZEM 2 ANOS QUE TROQUEI O BICO A GASOLINA PARA ALCOOL E O MESMO FAZ NO ALCOOL 8.5 KM POR LITRO TROQUEI A BOMBA COM MAIS DE 1 ANO, POIS ESTAVA FALHANDO, MAIS DESCOBRI DEPOIS QUE A FALHA ERA NO CHICOTE QUE ALIMENTAVA A BOMBA, TROCO O FILTRO DE COMBUSTIVEL A CADA 10.000 KM, PARA MIM FOI UMA ECONOMIA MUITO GRANDE.

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  4. meu corola 2002 roda adois anos com alcool e gasolina e não foi preciso adapitar nada so uma modificação no módulo sem precisar abrir ,atualmente sinto que ele funciona melhor rodando com alcool e 10% gasolina nunca me deu nenhum problema.

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    1. Prezado, boa tarde !

      Tenho um Corolla 2003 1.8 automático e eu gostaria de fazer essa mudança no meu também, poderia me dar o passo a passo?

      Desde já, muito obrigado.

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    2. Qual foi a modificação. Tenho um megane automático 2.0

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  5. A indústria automobilística está pouco se lixando para o consumidor,ela não põe nenhum tipo de kit flex à venda ,simplesmente porque isso não daria lucro ,que por sinal é hiper abusivo ,o carro brasileiro é o mais caro do mundo e no entanto a qualidade do mesmo é muito duvidosa.

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  6. tanbem acho que uma montadora ou especialista de certas montadoras etc.nunca irão dizer olhas estes kit são bom , pois para eles e mais lucrativo vender um carro todo com esta onda de flex , ao invez de muinta gente pagar uns 300 reais e continuar com o carro . da mesma forma eles nao inventão um carro que não nessesite de gasolina , alcool . pois queimar conbustivel focil da muinto dinhero a muintos magnatas do petroleo

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