quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ser ou não ser flex, eis a questão

Olá Pessoal,
Mais uma vez, Rodrigo tem uma perguntinha "daquelas" para tentarmos explicar. Ele diz em seu comentário:
"Então Thiagão... a questão é a seguinte: sei que vc postou uma vez sobre CONVERSOR FLEX... onde explicou bem o assunto, mas a minha dúvida é com relação ao tempo de vida do motor com esse tipo de conversor adaptado... medio/longo prazo...? 5 anos, 10 anos...? lembro que quando saiu o GNV muitos reprovaram a conversão, mas p/mim, foi a melhor coisa que fiz, nunca me incomodou... será que está acontecendo o mesmo com o kit flex adaptado... agradam alguns outros não... Valeu! Abração!"
Sinceramente, gostei muito do ponto de vista. Me fez pensar na melhor resposta. Então vamos por partes.
1- Turma do contra: Sempre que algo novo é apresentado aparecem os entusiastas e os pessimistas. Os primeiros consideram a melhor coisa do mundo, já os últimos acreditam que nunca dará certo. Aconteceu isso com a invenção do automóvel, do avião, do airbag, do cinto de segurança e, evidentemente, com o GNV e o CONVERSOR FLEX. Aqui no blog, eu sempre procuro apresentar os prós e os contras, para que cada um decida o melhor.
2- Questão do GNV: Realmente, quando saiu a tecnologia ela era muito criticada. Seus principais pontos fracos era a perda de potência, o espaço ocupado pelo "tanque" e o prejuízo na lubrificação. Coisas que foram facilmente corrigidas com a chegada das novas gerações de tecnologia GNV. Os pontos fortes eram indiscutíveis, economia e a possibilidade de se ter um bicombustível. Colocando agora minha opinião acredito ser um bom negócio se você roda bastante com o carro, pois recupera o investimento mais rápido. A única observação é que o plano de manutenção deve ser feito mais constantemente para elevar a vida útil do motor.
3- Questão do CONVERSOR: O problema aqui não é do motor em si. Bloco, cárter e cabeçotes ficariam na mesma. A maior encrenca que vejo são os periféricos. Mais uma vez vamos por partes:
a) Bomba de Combustível: Ou esperamos dar problema em seis meses ou torcamos a bomba por uma bomba flex. Se seu carro não possuir uma versão flex vamos ter que improvisar com outra ou com uma de álcool. Só aqui já pode ir uma boa grana, por exemplo.
b) Bicos injetores: Os bicos injetores feitos para gasolina funcionam perfeitamente para gasolina. Para trabalhar com álcool ele funcionaria sempre como se estivesse com motor frio. Mesmo assim funcionaria por um tempo. Se fossemos trocar os bicos era mais um custo.
c) Problemas em geral: Outro problema é que estaríamos enganando a injeção eletrônica, ou seja, ela estaria lendo coisas erradas. A economia não seria a mesma de um carro só a gasolina, só a alcool ou flex de fábrica. Justamente porque ele é um flex improvisado. Tirando todos custos envolvidos nisso.
A única vantagem que vejo seria a possibilidade de se rodar com gasolina e álcool, e talvez economizar no álcool. Vale também pensar quantos tanques seriam necessários para recuperar o investimento. Nesse ponto, tenho um pouco de pé atrás com essa tecnologia. Agora eu deixo umas perguntas para refletir:
Quanto tempo de pesquisa foi gasto para se desenvolver a tecnologia GNV?
Quanto tempo foi necessário estudando para desenvoler o carro bicombustível?
Será que seria assim fácil elaborar um conversor?
Valeria mesmo a pena investir num motor antigo? Existem carros FLEX desde 2003, será que não seria melhor optar por um desses?
Ou não seria mais conveniente um GNV?
Espero ter ajudado aí!
Qualquer comentário, por favor, " a casa é de vocês"!
Abraços
Thiago Hoeltgebaum

segunda-feira, 25 de maio de 2009

GP de Mônaco II


Olá Pessoal,

Sei que estou um pouco sumido, é que está meio difícil encontrar tempo para escrever. Mas como é de costume vou comentar sobre o fim de semana de Formula 1. Tudo começa na classificação de sábado, muitas apostas no Rubinho (que estava na frente durante os treinos livres) e quem faz a Pole? Sim, Jenson Button.


A corrida foi igual às outras, Button em primeiro e Rubinho em segundo. Dobradinha da Brawn que está praticamente inalcançável no campeonato. Não quero enaltecer demais o piloto inglês, mas é notório que ele usa inteligência, experiência e habilidade para guiar nas curvas de Mônaco. Porém, é complicado fazer comparação com as outras equipes. Talvez ele esteja na frente porque a máquina é superior (e é mesmo!) e não porque ele seja um fenômeno na direção. A Ferrari, por outro lado, mostrou-se um pouco melhor, sinceramente não acredito em grande ameaça ao reinado da Brawn mas vamos esperar o GP da Turquia, onde a Ferrari promete a "Renascença".


Azar foi de Nelsinho Piquet, atropelado por Buemi na curva Saint Devote. O piloto brasileiro ficou realmente chateado com o francês. Se ele fosse igual ao pai, teria partido para agressão.

Justamente por não ser igual ao pai é que ele está correndo na equipe de Flavio Briatore, tem um bi-campeão mundial como companheiro de equipe e não mostra nem um pouco de ousadia. Ah se fosse o verdadeiro Piquet!


Fim de semana de discussões políticas na Formula 1. Será que o teto orçamentário será realmente aprovado? Será que Ferrari, Toyota, RBR, STR ... sairão da categoria? Vamos esperar até dia 29 e ver o resultado.


Sobre a Formula 1, acho que é isso!


Se estiverem interessados em ver como estão o campeonato de pilotos e de construtores, cliquem no link abaixo!







Abraços

Thiago Hoeltgebaum

segunda-feira, 18 de maio de 2009

GP de Mônaco

Queridos Amigos!

No próximo fim de semana acontece mais uma etapa do mundial de Formula 1. Será no circuito de Monte Carlo, o mais clássico, o mais esperado, o mais badalado circuito da história da Formula 1. Justamente por isso é que farei essa homenagem contando um pouco das suas características e história.

O GP de Mônaco é um dos GPs mais conhecidos da Formula 1, com 3340 metro de comprimento e que exige dos pilotos muita precisão e concentração. Seu traçado é difícil pois a pista é estreita e existem muitas curvas. Foi disputado pela primeira vez em 1929, porém somente em 1955 é que começou a ser disputado regularmente na Formula 1.

Não há como falar em Mônaco e não falar em Ayrton Senna. O ídolo brasileiro foi o maior campeão do circuito, com 6 vitórias. Atrás dele está Michael Schumacher e Graham Hill com 5 vitórias. Dos pilotos que ainda estão na ativa, nenhum consegue ameaçar a liderança de Senna, que foi campeão 5 vezes seguida entre 1989 e 1993.

Em 1988, Senna querendo colocar uma volta em cima de Prost acaba batendo na estrada do túnel. Senna tinha 52 segundos de vantagem quando bateu.




Tenho que colocar aqui também o show dado por Ayrton Senna em 1984. Mas como não dá para incoporar esse vídeo, infelizmente vou ter que colocar somente o link
Bom, há muita coisa sobre o GP de Mônaco, não dá para falar tudo aqui, assistam a esses videos e não percam a transmissão da corrida no próximo fim de semana.
Abraços
Thiago Hoeltgebaum

domingo, 17 de maio de 2009

Curiosidades!!!


Olá Pessoal!


Vamos começando mais uma semana, e para iniciarmos de bom humor a segunda-feira vou colocar mais algumas curiosidades sobre o mundo movido a gasolina.


Espero que gostem.


A Associação Internacional de Lava-rápidos encomendou uma pesquisa, nos Estados Unidos, para saber o que os motoristas fazem em seus carros. Confira o curioso resultado: 90% gostam de cantar; 54% preferem beijar; 36% adoram pendurar objetos no retrovisor e nos vidros; 34% costumam tomar decisões importantes; 27% não resistem ao sexo; 22% espalham fotos da família, namorada ou ídolos; 4% sempre comemoram o aniversário do carro.


No tribunal de Broken Hill, na Austrália, o juiz ordenou que o casal Somerville, que estava se separando, dividisse todos seus pertences ao meio. O marido, irritado com a decisão, pegou o carro do casal. E, com um maçarico, repartiu o carro em dois.


Enquanto isso, na Inglaterra, Mark Ferguson foi multado em sua ambulância por excesso de velocidade. Inconformado, recorreu. Alegando que levava um fígado para transplante. Curiosamente, o recurso foi negado, já que pela lei, uma ambulância só pode correr, se estiver levando pacientes. É claro que o paciente transplantado não se importou em pagar a multa…


O primeiro carro do mundo também tem suas curiosidades: tinha apenas três rodas e sua velocidade máxima era de 14 km/h. Já o Primeiro Grande Prêmio do mundo, foi disputado na França, no ano de 1906. O mais curioso é que os carros eram puxados por cavalos até a largada.


As curiosidades dos tamanhos de carro também estão presentes. O Bugatti Royale, da década de 20, media quase 7 metros, sendo que destes, 2 m eram só do capô. Mas ninguém bate a limusine de 30,5 m e 26 rodas, de um californiano, que conta com alguns curiosos atrativos, como piscina com trampolim e colchão d’água do tamanho king-size.


Entre os recordes mais curiosos com carros, temos John Smith, que dirigiu seu Chevrolet de marcha à ré, a 60 km/h, por 806,2 km sem parar. E Brian Carson, um dublê que realizou o maior salto em altura com carros. Ele atingiu 96,6 metros de altura, com a velocidade de 150 km/h.



Por hoje é isso,
Boa semana

Thiago Hoeltgebaum

quarta-feira, 13 de maio de 2009

8V ou 16V?



Olá Pessoal!


"Vale a pena ou não motores 16V?"


A pergunta, feita pelo Rodrigo, é das difíceis de responder. De cara vou dizer que vale sim, sem dúvida, dependendo do carro que você vai ter e do uso que vai dar a ele, por exemplo. Mas antes vamos saber o que são válvulas e para que servem.


As válvulas são as peças que permitem que o ar entre na câmara de combustão (chamadas de válvulas de admissão) e que os gases resultantes da queima do combustível saiam para o escapamento (chamadas válvulas de escape). Nos veículos de 4 cilindros (é o que nos interessa agora) podem haver 2 configurações:


1 - 8 válvulas - isso indica que são 2 válvulas por cilindro, uma de admissão e a outra de escape.

2 - 16 válvulas - indica que são 4 válvulas por cilindro, geralmente 2 de admissão e 2 de escape.


Sabendo disso vamos tentar entender as demais diferenças entre os dois conjuntos.


1- Motor 8V : O cabeçote possui metade das peças de um 16V. Isso torna o custo de produção e manutenção melhor. Talvez esse seja um dos grandes motivos pelos quais os carros 1.0 16V saíram de moda. Outro motivo é que o motor 8V é mais ágil em baixas rotações, ou seja, ele despeja mais torque e potência em rotações mais baixas.


2- Motor 16V : O carro é mais potente que um equivalente 8V. Porém, o resultado aparece em rotações mais altas. O custo de manutenção e produção é mais alto e necessita de um pouco mais de cuidado na lubrificação, uma vez que o cabeçote é maior. Mas isso, com certeza, foi muito bem projetado pela fábrica.


Então? Qual é o melhor?


Bom, em minha humilde opinião os dois são bons. O carro 8V é ideal para a cidade. Consegue bons níveis de potência e torque em baixas rotações e fica mais ágil no dia a dia comparado ao seu "irmão" 16V. Porém para a estrada o 16V é superior. Com motor cheio ele ganha mais potência e trabalha melhor que os 8v.


Mas por que muitos falam que não presta?


Realmente o mito existe, mas acredito ser só mito. Quando você compara 1.o 16V e 8V andando na cidade com certeza você vai dizer que 16V não é um bom carro. Mas quero ver alguém reclamar de um Civic Si 2.0 16V, de um motor maior da Citroen ou Renault.

Enfim, as duas configurações de motores são confiáveis. Sugiro que você não escolha o carro só pelo número de válvulas. Procure entender qual o seu perfil e entender qual é o carro ideal para você.

Espero ter ajudado

Obrigado pela pergunta

Thiago Hoeltgebaum

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cenoura, Batata, Chocolate e Soja


Olá Pessoal!



Não, você não está em um blog de culinária? Mas então o que faz "Cenoura, Batata, Chocolate e Soja" no título de um blog sobre automobilismo? Calma, quem dá a resposta são os ingleses da universidade de Warwick, em Conventry.


Eles desenvolveram um carro de Formula 3 ( competição muito famosa na Inglaterra) feito com esses "ingredientes" descritos acima. Seu nome é WorldFirst ( algo como o mundo em primeiro lugar) e está abalando as estruturas do automobilismo pelo mundo. Vejamos a receita do tal WorldFirst:


Carroceria: Feita basicamente de batata.
Direção: Composta de cenouras e outros vegetais.
Banco: Espuma de óleo de soja com fibra de linhaça
Motor: Não é feito de nenhum vegetal mas é movido a biodiesel de chocolate e óleos vegetais.


De acordo com James Meredith, coordenador do projeto, o carro idealizado é o primeiro veículo de corridas feito a partir de materiais sustentáveis e renováveis. Para construí-lo, a equipe de pesquisadores procurou alternativas sustentáveis para cada componente de um carro de corrida ‘normal’. O carro pode alcançar a velocidade de 233 quilômetros por hora.


Segundo os pesquisadores, o novo carro atente todas as especificações de um carro de F3 "normal". Só não cumpre o quesito combustível, uma vez que o regulamento não permite o uso de biocombustíveis. Além disso, o protótipo tem ainda outros itens com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes, como lubrificantes de óleos vegetais e um poderoso catalisador.


Isso mostra que é viável construir um carro ambientalmente correto, com baixos custos, num momento em que os grandes patrocinadores questionam o custo-benefício do seu investimento no esporte.


"O WorldFirst descarta o mito de que a performance do carro é comprometida com o desenvolvimento de motores do futuro sustentáveis", afirma o coordenador do projeto, James Meredith.

domingo, 10 de maio de 2009

GP da Espanha


Olá Pessoal


Vamos a uma rápida reflexão sobre o Grande Prêmio de hoje da Formua 1. Como já disse aqui: Mais uma vez a Brawn GP comprova sua superioridade. Jenson Buton, para variar, venceu mais uma. É a quarta vitória em 5 corridas. O Rubinho até largou bem, mas a mudança de estratégia de Buton acabou desfavorecendo o piloto brasileiro. Ross Brawn afirma que não há favorecimento e Rubens fala que se houver ele está fora. Ainda bem, pois se sujeitar a ser segundo mais uma vez é muita falta de amor próprio. Na minha opinião, uma equipe que tem dois pilotos disparando na frente deve deixar os dois brigarem de igual para igual, sem favorecimento.


Mas voltando a corrida, Felipe Massa está muito decepcionado com a performance do carro. Estava em terceiro e acabou em sexto, devido a uma falha na bomba de abastecimento. Massa já diz que esse ano nem pensar em campeonato. Buton abriu 14 pontos de vantagem para o segundo colocado, que também é da Brawn. Está particularmente sossegado na sua posição. Nessas horas de "aperto" de Ferrari e McLaren vemos quem são os verdadeiros pilotos. Massa com toda a dificuldade conseguiu uma boa posição de largada, correu bem e trouxe seu carro até a linha final, já Raikkonen não conseguiu nem passar da primeira qualificação. É a mesma situação de Hamilton e Kovalainen, o piloto inglês, mesmo com um carro ruim, ainda assim descola uns pontinhos. Vejamos então como terminou a corrida e como está o campeonato de pilotos e construtores.



GP da Espanha - Classificação Final


1- Buton - Brawn

2- Barrichello - Branw

2- Vettel - RBR

4- Webber - RBR

5- Alonso - Renault

6- Massa - Ferrari

7- Heidfeld - BMW Sauber

8- Hamilton - McLaren


Campeonato Construtores


1- Brawn - Mercedes - 68 pts

2 - RBR Renault - 38,5 pts

3 - Toyota - 26,5 pts

4- McLaren Mercedes- 13 pts

5- Renault - 9 pts

6- BMW Sauber - 6 pts

7- Ferrari - 6 pts

8 - Willians - 4,5 pts


Campeonato de Pilotos


1 - J. Buton - 41 pts

2- R. Barrichello - 27 pts

3 - S. Vettel - 23 pts

4 - M. Webber - 15,5 pts

5- J. Trulli - 14,5 pts

6 - T. Glock - 12 pts

7 - F. Alonso - 9 pts

8 - L. Hamilton - 9 pts




Bom, a partir de agora vou colocar somente os 8 primeiros colocados. Quem não estiver aí é porque está bem mal. Por hoje é isso

Abraços

Thiago Hoeltgebaum

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Montadoras "Tunadas"



Olá Pessoal!


Primeiramente peço desculpas pela demora em novas postagens, mas o tempo está corrido realmente e está um pouco difícil. Mas aqui estou para colocar mais conhecimento automotivo em nossas cabeças.


O assunto de hoje é "praticamente" tuning. Quando queremos apimentar um carro, procuramos a melhor oficina, talvez os melhores produtos e, pouco a pouco vamos fazendo o bólido dos nossos sonhos. Mas, quando uma grande montadora quer deixar seu carro mais "nervoso" o que elas fazem? Bom, algumas delas possuem uma divisão somente de preparação e hoje nós vamos conhecer um pouco mais sobre elas.



1- Mercedes AMG - A AMG Motors é uma preparadora de veículos e motores esportivos ligada à marca Mercedes-Benz. Foi criada em 1967 por dois ex-funcionários da montadora com o objetivo de transformar os carros da marca em veículos de competição. A parceria oficial entre começou em 1990 quando os veículos AMG começaram a ser comercializados nas concessionárias Mercedes-Benz. Em 1993 foi produzido o primeiro carro em conjunto, o C 36 AMG. Hoje a parceria continua apimentando os carros tão consagrados da Mercedes-Benz.


2- BMW Motorsport - A Motorsport tem uma história muito diferente da AMG. Isso porque ela nasceu para ser uma divisão esportiva da BMW. Foi fundada em 1972 e comandada por Jochen Neerpasch, ex-piloto de testes da Porsche. Outra diferença clássica é que a Motorsport atua todo ramo do automobilismo preparando carros BMW para Campeonatos de Turismo, Rally, 24 horas de Le Mans e o que vier pela frente. Mas, como o foco está nos carros de passeio não podemos esquecer a série "M" da BMW. Os famosos M5 e M6 hoje têm motor V10 com mais de 500 cv. Precisa dizer mais alguma coisa?


3 - Nismo Nissan - Em 1985 a Nissan decidiu que era hora de criar uma divisão esportiva. A Nismo (Nissan Motorsports) foi criada basicamente para atender às pistas. A Nissan participava de muitos campeonatos de turismo japonês até as 24 horas de Le-Mans. Mas como era de se esperar a preparadora começou a produzir alguns carros de passeio da Nissan. Os mais famosos são o Skyline e o 350 Z, totalmente preparados pela NISMO para acelerar. Hoje ela fabrica desde kits aerodinâmicos até discos de embreagens esportivos.



4 - Rally Art - Essa é a divisão esportiva da Mitsubishi. A diferença em relação às outras é que a Rally Art não produz carros de passeio. Comemora esse ano 25 anos de fundação, com o objetivo de atender todos os tipos de demanda por preparação para as pistas. Já participou do Campeonato Mundial de Rali, Rali Paris Dakar, roduction Car World Rally Championship (PWRC),Asia-Pacific Rally Championship (APRC) além de vários campeonatos de turismo que acontecem no Japão.



Com certeza ainda existem várias outras empresas que prestam serviços às grandes montadoras. Acredito que essas sejam as mais importantes. Se vocês souberem de mais alguma que esqueci, por favor dê um toque!


Abraços

Thiago Hoeltgebaum

terça-feira, 5 de maio de 2009

Motor VHT 1.0


Olá Pessoal,


Depois desses dias sem nada novo no blog vou colocar hoje sobre a motorização VHT da Volkswagen. Como sabemos, a VW anuncia na propaganda da nova motorização na linha 2009 do Gol. Mas o que há de novo? O que gerou de potência e torque? O que é o VHT?


Bom, uma coisa de cada vez.

Sabe-se que essa geração de motores é do ano passado, porém neste ano é aplicada ao Gol também.
Para explicar nada melhor que a própria VW:

"A nova geração de motores EA111 VHT 1.0 e 1.6 Total Flex chega com uma série de aprimoramentos na versão 2009 dos modelos Fox, CrossFox, Polo, Polo Sedan e Golf. As alterações trazem uma série de vantagens que aumentam ainda mais o prazer de dirigir:
- aumento de torque nos motores, sem redução de potência
- redução do consumo
- condução ágil, com o motor sempre “cheio” em baixas rotações
- conforto ao dirigir em função da menor necessidade de trocas de marchas
- melhora do conforto acústico
- motor 1.0 com o maior torque do mercado – item avaliado pelos consumidores como o mais importante nessa categoria

Como resultado, a nova opção 1.0 (que equipa o Fox) proporciona ao motorista a sensação de maior performance nas primeiras três marchas, que são utilizadas predominantemente em ambiente urbano. Para oferecer conforto e economia, as relações da quarta e da quinta marcha, exploradas com maior freqüência em viagens, foram alongadas. "


O que mudou para elevar o torque do motor 1.0?

Para alcançar esses resultados, a engenharia da Volkswagen do Brasil trabalhou em diversos pontos. O primeiro deles foi o redesenho do filtro de ar, que agora melhora o enchimento volumétrico do motor ou, em outras palavras, ajuda a elevar sua força. Outra modificação foi feita no coletor de admissão. “Alteramos o comprimento dos dutos e o volume e a geometria das câmaras internas, o que deu uniformidade à curva de torque”, explica João Alvarez.
A próxima alteração veio na seqüência do coletor de admissão: o novo comando de válvulas mantém as válvulas de admissão abertas por mais tempo e adianta a abertura das válvulas de escape, uma operação que, além de reduzir o cruzamento das válvulas, proporciona o aumento do torque (principalmente em baixas rotações) e deixa a marcha lenta mais estável.
O motor VHT 1.0 ganhou novos pistões mais leves e compactos, que aumentam sua eficiência mecânica e reduzem os níveis de emissões de poluentes gasosos. Além da geometria dos pistões, entraram também neste “pacote de mudanças” os anéis com menores perfis, bem como bielas mais compridas, que juntas proporcionam menor atrito com os cilindros.
No geral, essas alterações deixaram o motor com funcionamento mais suave, ampliando a força além de colaborar para o menor consumo de combustível.
Já o coletor de escape passa a ser feito em chapa de aço no lugar de ferro fundido, solução que, além de aumentar a eficiência do catalisador na fase fria (momentos nos quais o motor ainda não atingiu sua temperatura ideal de funcionamento), também contribuiu para a redução de cerca de 50% do peso deste componente.
O novo propulsor traz uma nova correia elástica do sistema periférico (compressor do ar condicionado, direção hidráulica e alternador), que possibilitou a eliminação do tensionador – e, por isso, colabora também para significativa redução do peso total do motor.
Por fim, a ECU (unidade de controle eletrônica) mais moderna completa a lista de modificações feitas pela engenharia da Volkswagen do Brasil para criar o novo motor VHT 1,0L. "


OBS: VHT quer dizer Very High Torque, fácil de confundir com o VHC (Very High Compression) da GM e do CHT (Compound High Turbulence) da Ford.
Por hoje é isso
Muito Obrigado
Thiago Hoeltgebaum

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Balanceamento e Geometria

Olá Pessoal,


O Post de hoje é sobre pneus. Pretendo dar algumas dicas de como fazer os pneus durarem mais e explicar alguns conceitos relacionados com a área da Geometria e Balanceamento.


É muito difícil estimar quantos quilômetros um pneu pode rodar. Isso acontece porque o desgaste está relacionado com diversos fatores, como a marca, a quantidade de carga que leva, o tipo de piso em que roda, a temperatura ambiente, o estilo de condução, entre outros. Outro fator é o tipo de relevo que o carro enfrenta. Em cidades com muitos morros, por exemplo, um pneu que poderia durar 90 000 km chega a durar 45 000 km.


Como muitos fatores acima fogem ao controle da fábrica e do condutor a dica é sempre atentar para a calibragem. Segundo alguns estudos uma redução de 10% de pressão, acarreta em uma redução de 5% a vida útil do pneu. Se estiver 20% abaixo do normal, o desgaste será 16% maior. Com 30% a menos de pressão, o "coitado" do pneu durará 33% menos. Como se já não bastasse, a cada 20% a menos de pressão, o carro fica 2% mais "beberrão". Isso sem falar que pneus descalibrados comprometem a estabilidade e comprometem a segurança.


Em geral a calibragem deve ser feita semanalmente (no máximo em 15 dias) sem se esquecer do estepe e de fazer o balanceamento a cada 5000 km. Porém não pense que encher demais o pneu vai resolver o caso. O excesso de pressão afeta o centro da banda de rodagem, deixando o pneu mais vulnerável a cortes e impactos, além de diminuir a vida útil e o conforto.


Outro cuidado está literalmente em suas mãos. A forma de dirigir é muito importante. Evitar fazer curvas cantando pneu, arrancadas fortes e freadas bruscas é uma forma de economizar. Passe corretamente sobre as lombadas, em velocidade baixa com o carro solto (e não freando). Nunca estacione sobre manchas de óleo, elas deterioram a borracha.

Mudando um pouco de assunto vamos à parte do balanceamento e da geometria.

Balanceamento

O objetivo do balanceamento das rodas, como o nome diz, é balancear as massas do conjunto roda e pneu que, por algum motivo, podem estar em desequilíbrio. O primeiro sinal de que a roda está desbalanceada é uma vibração sentida no volante quando a roda com problemas está no eixo dianteiro, ou no assoalho, no caso do eixo traseiro. Além do desconforto, porque o pneu literalmente pula como se fosse uma bola, essa vibração compromete a estabilidade e provoca desgaste irregular dos pneus, diminuindo a vida útil dos componentes da suspensão, como amortecedores, buchas e borrachas.

Geometria

Alinhar a direção significa ajustar três pontos da geometria da suspensão. A suspensão engloba todo o conjunto de molas, amortecedores, braços e também os pneus e componentes do sistema de direção. Os pontos a serem ajustados são:


Divergência: É a posição das rodas em relação a um plano longitudinal.








Câmber: É o ângulo da roda em relação ao plano vertical







Cáster: É o ângulo formado pelo eixo de direção e pelo plano vertical.




Em geral, o câmber e o cáster só se alteram em acidentes ou avarias, enquanto a divergência muda em decorrência do uso do veículo.

Por hoje é isso pessoal!

O comentário foi tirado da reportagem da revista Quatro-Rodas de Abril de 2009

Abraços

Thiago Hoeltgebaum