quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ser ou não ser flex, eis a questão

Olá Pessoal,
Mais uma vez, Rodrigo tem uma perguntinha "daquelas" para tentarmos explicar. Ele diz em seu comentário:
"Então Thiagão... a questão é a seguinte: sei que vc postou uma vez sobre CONVERSOR FLEX... onde explicou bem o assunto, mas a minha dúvida é com relação ao tempo de vida do motor com esse tipo de conversor adaptado... medio/longo prazo...? 5 anos, 10 anos...? lembro que quando saiu o GNV muitos reprovaram a conversão, mas p/mim, foi a melhor coisa que fiz, nunca me incomodou... será que está acontecendo o mesmo com o kit flex adaptado... agradam alguns outros não... Valeu! Abração!"
Sinceramente, gostei muito do ponto de vista. Me fez pensar na melhor resposta. Então vamos por partes.
1- Turma do contra: Sempre que algo novo é apresentado aparecem os entusiastas e os pessimistas. Os primeiros consideram a melhor coisa do mundo, já os últimos acreditam que nunca dará certo. Aconteceu isso com a invenção do automóvel, do avião, do airbag, do cinto de segurança e, evidentemente, com o GNV e o CONVERSOR FLEX. Aqui no blog, eu sempre procuro apresentar os prós e os contras, para que cada um decida o melhor.
2- Questão do GNV: Realmente, quando saiu a tecnologia ela era muito criticada. Seus principais pontos fracos era a perda de potência, o espaço ocupado pelo "tanque" e o prejuízo na lubrificação. Coisas que foram facilmente corrigidas com a chegada das novas gerações de tecnologia GNV. Os pontos fortes eram indiscutíveis, economia e a possibilidade de se ter um bicombustível. Colocando agora minha opinião acredito ser um bom negócio se você roda bastante com o carro, pois recupera o investimento mais rápido. A única observação é que o plano de manutenção deve ser feito mais constantemente para elevar a vida útil do motor.
3- Questão do CONVERSOR: O problema aqui não é do motor em si. Bloco, cárter e cabeçotes ficariam na mesma. A maior encrenca que vejo são os periféricos. Mais uma vez vamos por partes:
a) Bomba de Combustível: Ou esperamos dar problema em seis meses ou torcamos a bomba por uma bomba flex. Se seu carro não possuir uma versão flex vamos ter que improvisar com outra ou com uma de álcool. Só aqui já pode ir uma boa grana, por exemplo.
b) Bicos injetores: Os bicos injetores feitos para gasolina funcionam perfeitamente para gasolina. Para trabalhar com álcool ele funcionaria sempre como se estivesse com motor frio. Mesmo assim funcionaria por um tempo. Se fossemos trocar os bicos era mais um custo.
c) Problemas em geral: Outro problema é que estaríamos enganando a injeção eletrônica, ou seja, ela estaria lendo coisas erradas. A economia não seria a mesma de um carro só a gasolina, só a alcool ou flex de fábrica. Justamente porque ele é um flex improvisado. Tirando todos custos envolvidos nisso.
A única vantagem que vejo seria a possibilidade de se rodar com gasolina e álcool, e talvez economizar no álcool. Vale também pensar quantos tanques seriam necessários para recuperar o investimento. Nesse ponto, tenho um pouco de pé atrás com essa tecnologia. Agora eu deixo umas perguntas para refletir:
Quanto tempo de pesquisa foi gasto para se desenvolver a tecnologia GNV?
Quanto tempo foi necessário estudando para desenvoler o carro bicombustível?
Será que seria assim fácil elaborar um conversor?
Valeria mesmo a pena investir num motor antigo? Existem carros FLEX desde 2003, será que não seria melhor optar por um desses?
Ou não seria mais conveniente um GNV?
Espero ter ajudado aí!
Qualquer comentário, por favor, " a casa é de vocês"!
Abraços
Thiago Hoeltgebaum

Um comentário:

  1. mais uma vez, o servidor não funcionou direito, não consigo dar espaço entre linhas

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